Igrejas Antigas

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Alojamento da Colônia São Bento (1917)

Muito tem se discutido sobre qual seria a igreja mais antiga da Ilha do Governador. Enquanto alguns apontam para a Capela Imperial de Nossa Senhora da Conceição, no Jardim Guanabara, outros afirmam que a mais antiga é a igreja de N.S. da Conceição da Ajuda, na Freguesia. O fato é que ambos os prédios possuem pouco mais de cem anos, porém foram construídos sobre as antigas estruturas das igrejas, dificultando que se estabeleça uma data precisa da construção original.

No entanto, outras igrejas antigas já existiram na ilha, que, uma vez demolidas, não foram reconstruídas. Poderíamos citar como exemplos a capela de Nossa Senhora do Carmo, que se localizava na Ponta da Ribeira, restando atualmente poucas informações a seu respeito.
Segundo registro no “Almanak do Rio de Janeiro”, a capela de N.S. do Carmo pertenceria à fazenda de Bernardo José Serrão. A capela foi erguida pelo Padre José de Souza Correa, com provisão de 30 de agosto de 1759. A festa que comemorava a data da padroeira era bastante movimentada, comprovado pelo fato de a “Companhia de Bonds Marítimos à Vapor” colocar suas embarcações à disposição do público, para que os fieis pudessem participar das festividades, fazendo o trajeto do cais de marinhas até a Ponta da Ribeira”.

Durante a revolta da armada, os rebeldes a bordo do navio Aquidabã realizaram intenso bombardeio em direção às instalações militares na Ilha do Governador, tendo alguns tiros, atingido a capela, destruindo a parte frontal e o altar. Com isto, a estrutura do prédio ficou comprometida e, em 1895, restavam apenas ruínas em torno das quais os animais pastavam.

Existiu também a capela de nossa Senhora de Nazareth, no Galeão. Esta situava-se nas terras dos monges beneditinos, local ocupado posteriormente pela colônia São bento, destinada aos alienados. No início do século XX, o templo ainda estava de pé, porém necessitando de vários reparos. Com a necessidade de expansão da aviação naval, o que restava da capela foi demolido, permanecendo poucos registos fotográficos daquela construção.

Ao seu lado existia um dos alojamentos da colônia São Bento, que foi visitada pela reportagem do periódico “a Lanterna”, em 1917. na ocasião, captou-se, talvez, o único registro fotográfico daquela região.

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